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Segurança em condomínios

Segurança em condomínios

AABIC alerta sobre reforço na segurança dos condomínios neste momento de retomada das atividades presenciais

Associação destaca a importância de procedimentos e comportamentos adequados de moradores, colaboradores e gestores dos edifícios contra quadrilhas que adotam estratégias cada vez mais sofisticadas

Distrações de moradores e retomada das atividades presenciais e híbridas, cenário que diminui a necessidade do home office, têm deixado os condomínios residenciais mais vulneráveis a ações de criminosos.

O alerta é da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios (AABIC), a maior do segmento no Estado de São Paulo, que também aponta que maior rigor em procedimentos de condôminos e sistemas de segurança podem ajudar os empreendimentos a afastar as tentativas de assaltos, furtos, roubos, além de invasões e arrastões por quadrilhas. 

 

Embora dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo mostrem que os roubos em imóveis residenciais representaram 1,77% do total de ocorrências registradas em janeiro e fevereiro deste ano — um pouco abaixo da taxa de 1,94% registrada em igual período de 2021 —, o percentual é considerado alto pela AABIC e evidencia a necessidade de vigilância constante de todos os condôminos e prestadores de serviços.“Isso é especialmente importante diante da retomada das atividades presenciais após o período mais crítico da pandemia. Afinal, condomínios mais vazios podem ficar mais vulneráveis, atraindo a cobiça dos criminosos”, observa José Roberto Graiche Júnior, presidente da AABIC.

Segundo recomenda a entidade às administradoras associadas (responsáveis por cerca de 16 mil condomínios em todo o Estado), a linha de defesa dos condomínios deve ser montada em pelo menos três frentes, envolvendo tanto os moradores quanto o corpo de colaboradores e a gestão do condomínio.

Para a AABIC, é fundamental o envolvimento de todos, uma vez que, a cada dia, os criminosos adotam novas estratégias, como se fazer passar por amigos de adolescentes para adentrar os edifícios — inclusive vestindo-se no estilo desses jovens moradores, de forma a confundir o colaborador da portaria. Adicionalmente, as quadrilhas obtêm informações detalhadas sobre as unidades em anúncios para venda ou locação disponíveis na internet, o que pode facilitar seus planos de invasão e roubo.

No que se refere aos colaboradores (porteiros, zeladores, faxineiros, manobristas, entre outros), a AABIC orienta as administradoras a reforçar a indicação de procedimentos como a identificação rigorosa de entregadores e prestadores de serviços diversos (como, por exemplo, os das companhias de luz, gás e telefonia, de seguradoras, de imobiliárias e autônomos), com registro em livro de visitas e liberação apenas sob autorização de um morador maior de idade.

Vale destacar que, no caso de entregas, não é recomendável a liberação do acesso às dependências do condomínio — ou o morador retira na portaria ou a encomenda lá fica temporariamente armazenada. No caso específico de corretores de imóveis, é essencial a apresentação do cartão de regularidade profissional, expedido pelo Creci-SP.

O porteiro só deve abrir o portão depois de ter identificado e registrado o prestador de serviço — o que vale também para familiares e amigos dos moradores. A liberação do acesso ao interior do edifício requer autorização do morador, vale ressaltar.

Ainda nos procedimentos da portaria, são relevantes pontos como atenção à movimentação nos arredores antes de abrir o portão para entrada de moradores a pé (nos casos em que não houver acesso por biometria) e pela garagem (quando não for acionada por controle remoto pelo morador) e o manejo correto do sistema de clausura (em que um portão só abre depois que outro foi fechado).

Para zeladores e colaboradores de limpeza, a regra deve ser manter todos os portões trancados durante atividades de manutenção das áreas externas.

A AABIC intensificou a realização de cursos na sua sede, em São Paulo, para a capacitação de profissionais prestadores de serviços com o propósito de trazer orientações sobre procedimentos que possam qualificar suas atuações nos condomínios.

No que cabe ao morador, a AABIC destaca como recomendações às administradoras para serem repassadas em comunicados aos condomínios:

Não deixar chaves em guaritas ou sob a guarda de colaboradores;

Ter cuidado com orientações deixadas para funcionários, mantendo-os informados sobre eventuais visitas de prestadores de serviços (avisando que não devem autorizar a entrada se não tiverem recebido a informação do morador);

Atentar para procedimentos de segurança para autorização de entrada de amigos de filhos menores (recomenda-se que crianças e adolescentes não estejam autorizados a liberar visitas) e de funcionários do apartamento;

Nunca deixar as portas de acesso aos apartamentos destrancadas.

O papel da gestão (corpo diretivo, auxiliado pela administradora) envolve manutenção adequada de câmeras, portões, cercas e outros componentes eletrônicos; investimento em melhorias e atualizações desses sistemas sempre que possível; abordagem frequente do tema em discussões de assembleias, para que sejam, por exemplo, estabelecidos códigos de comunicação entre colaboradores e moradores em situações de perigo. 

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